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um blog de desabafos, alegrias e tristezas, revoltas e euforias, o meu espelho, com uma (agora) pitada de diletantismo.

domingo, agosto 28, 2005

Nova morada 

Mudei de aposentos. www.deb2diletante.blogspot.com.
PS- Mas antes ainda aqui pus um post novo... e quanto aos outros, virei vê-los, caso vos apeteça comentá-los... não abandonarei as minhas origens, de todo.
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sábado, agosto 27, 2005

...porque fui de férias 

O ócio saudável das férias parece ter-me bloqueado o prazer da escrita. A temática é indubitavelmente tão vasta e eu não consigo manuseá-la. Ferrugem, talvez. Nessas circunstâncias teria de ser castigada. É irresponsabilidade da minha parte dar-me ao luxo de largar o meu hobby-descarga-tensão supostamente preferido só porque "fui de férias". Pior do que irresponsável, sou burra. Tola. Agora as consequências são claras. Todos os flashes dessas férias para onde fui (não longe, de todo) se desarrumaram nesse canto da mente que reservei para o "depois escrevo sobre isso". Amontoaram-se - descrições, fotografias, conversas, constatações, "socialidades" - sem agora se distinguirem, porque não as organizei devidamente. Em linhas, em parágrafos, em palavras que raramente me permitem subestimar pormenores. Pois agora inventei que "não tive tempo, porque fui de férias". Como se tivesse mais tempo depois. Ora bolas, os temas eram tão interessantes, não podia tê-los estimado tão mal. Vou tentar fazer uma faxina mental, idêntica àquela que o meu quarto implora desde que fui de férias. A ver se encontro as ideias no sítio certo para, então depois, aventurar-me à procura de algum jeito para escrever. Apavoro-me, parece que esqueci o pouco que julgava ter. E o pior de tudo é que sem escrever parece que não sei dar uma opinião sobre nada.
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terça-feira, julho 19, 2005

Como diz a Mamã, entrei nos "intes" 

Clichés, tradições, sorrisos, palavras, telefonemas, mensagens, presentes, surpresas, família, amigos, atenção. CARINHO. Seja de quem for e de que forma for, vejo hoje o carinho transmitido, e com isso (re)encontro o meu equilíbrio. Os dias que andavam nublados, esqueço-os hoje, quando por acaso o sol decidiu aquecer um pouco mais - o que nem é habitual. Com a proximidade do dia convenci-me que não queria comemorar. Agora tenho uma certa vergonha. Ainda só passou metade do "meu" dia e já me apercebi que tenho tudo para sorrir, não posso ser injusta só porque me sinto injustiçada "pré-profissionalmente". Desculpem aqueles que tratei mal por esse capricho. Se o "meu" dia acabasse agora, já me sentiria feliz e mimada o suficiente. Não há sensação melhor do que esta de ver os que se lembram de mim com um apreço sincero. Daí que tenha aberto esta janela para escrever, para agradecer, sem precisar de inspiração especial ou de um pouco mais de disponibilidade. A vida é curta. Hoje, que a minha idade arredonda, lembro-me disso. Não, não estou velha, nem tenho saudades do passado, nem ansiedade pelo futuro. Cada dia é para ser vivido com dedicação, sem excessos nem limitações. Bom, gostava de voltar à idade em que, na creche, fazia chichi no divã à hora da sesta e me agarrava à saia da Mãe quando disso me apercebia; gostava de voltar ao meu primeiro dia de aulas, aos dias da criança em que me deleitava com uma nova caixa de lápis, aos passeios na antiga marina de vilamoura onde comia gelados; gostava de puxar os cabelos à minha irmã como em pequena, de viajar com os meus Pais de avião; gostava de voltar às paixões do 3.º ciclo, ao vólei, às primeiras saídas à noite; gostava de voltar a sonhar com a média para ingressar na Faculdade. Gostava de voltar a tantas outras coisas... Mas sei que tiveram o seu tempo. Tal como o futuro, pelo qual não anseio, apenas espero. Hoje muitas das vivências passadas se desvaneceram da realidade, mas nunca da memória. E hoje só tenho de agradecer por essa memória não me falhar e poder lembrar tudo o que de bom me proporcionaram. Sim, os outros, da família aos amigos, aos colegas, aos desconhecidos, até aos inimigos. São todos eles que fizeram o que sou hoje, com virtudes e defeitos, com experiência ou não, maturidade ou não, muita coisa não sei, mas de uma coisa estou convicta: tenho todas as razões para ser feliz. E agradeço a todos por isso. Se ontem lamentava ter nascido onde nasci, hoje arrependo-me de o ter dito; porque sou feliz hoje, aqui, com os que conheço, com o que tenho, com o que sei... com o que sou. Um Obrigada muito sentido a todos "aqueles" que sabem quem são.
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segunda-feira, julho 18, 2005

entre o Pe. Francisco Nunes e o menino Afonso 

"Sabes, o Schopenhauer via o mundo como uma coisa cruel, um local de sofrimento em que para viver e' preciso matar. Por exemplo, a todo o momento os animais estao a matar outros animais, sao milhares e milhares de mortes por segundo em todo o mundo. Vae victis. Para que um u'nico animal carni'voro viva durante um ano, uma centena de animais tera' de morrer de modo a alimentar esse u'nico sobrevivente. E para que um u'nico animal herbi'voro viva durante esse mesmo ano, muita vegetacao tem de morrer para lhe dar de comer. Por outro lado, as pro'prias plantas vivem 'a custa do apodrecimento da carne dos animais e dos resos das outras plantas. Ou seja, a vida alimenta-se de muita morte. Dura lex sed lex. Schopenhauer achava que o mundo dos homens obedece 'a mesma lei, os seres humanos vivem uma vida de sofrimento em que os homens sao escravos das suas necessidades e desejos. E'uma vida feita de violencia, de frustracoes, de dor, de doencas, de medo, de escravidao, de luta, de vito'rias efe'meras e derrotas permanentes, e' um processo de perdas constantes e sucessivas, e o pior e' que tudo isso acaba sempre mal, a vida termina invariavelmente com a perda final, a morte, na nossa existencia nao ha' fins felizes."
- Considera isso verdadeiro?
"De certo modo", disse o mestre. "Viver e' sofrer. E o que e' mais curioso e' que, apesar de ser um constante sofrimento, nos agarramo-nos 'a vida com todas as nossas forcas, como se fosse o maior tesouro, a coisa mais preciosa. Mas a vida esta' sempre in articulo mortis. Ela foge-nos, escapa-se-nos como agua entre os dedos, morremos a cada respiracao, a cada palavra, a cada olhar, momento a momento encurta-se a distancia que nos separa do nosso fim, nascemos e ja' estamos condenados 'a morte. A vida e' breve, nao passa de um instante fugaz, de um brilho efe'mero nas trevas da eternidade."
in A Filha do Capitão, José Rodrigues dos Santos
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Cobaias da História 

"Estou... podia falar com a Dra. Helena Miranda? É a filha...", dizia eu em tom envergonhado para uma recepcionista. Tinha trocado uma moeda de cinquenta escudos para gastar naquela cabina telefónica do Colégio. Tinha trazido a agenda de papel perfumado onde, na página "C", descobri o número da Clínica... e ali estava, agarrada ao auscultador, naquele hall de entrada que ainda não ofuscava com tanto vidro, que ainda era modesto. A cabeça dava-me pelo orifício por onde saía o troco do telefonema (sim, porque ainda havia troco, as chamadas não eram assim tão caras) e eu sentia-me pequenina. Daquela vez estaria provavelmente a pedir à Mãe que me fosse buscar ao Colégio porque estava mal-disposta...
Uns anos mais tarde, a oferta era maior. Podia ligar, já mais desinibida, para um centro onde pedia uma chamada "a pagar no destino". A cabina já não me parecia tão grande, aliás eu forçava-me a parecer mais adulta, ligando à Mãe para avisar que ia almoçar fora do Colégio. Quando o recado era da Mãe para mim, eu estaria sempre avisada, porque me acompanhava um "bip" verde escuro preso ao cinto das calças...
A era do telemóvel chegou com subtileza, primeiro nos carros, depois nas malas GRANDES das senhoras - já que se tratava de autênticos tijolos. Uma operadora, duas operadoras, três operadoras... chamadas, mensagens escritas, namoros começados por uma SMS, publicidade enjoativa com jovens vintões bonitos, já não se sai à noite sem avisar os Pais pelo bendito telemóvel, já não se sai à noite sem medo de ele ser roubado. Sim, os telemóveis são caros, mas a sua utilização ainda mais. O último grito foram as MMS, as câmaras digitais incorporadas no pequeno aparelho e agora até a "terceira geração" - um dia destes tenho de filmar as discotecas onde estou para que a minha Mãe veja que (não) estou em segurança...
Desde comunicar o essencial, como a urgência que tinha em que a minha Mãe me apanhasse no colégio, até "mostrar o que quero dizer", totalmente dispensável (note-se que em situações cruciais nunca há saldo nem bateria nos pequenos aparelhos), o certo é que nos tornámos dependentes de objectos com milímetros de comprimento e de largura. Mais, se um dia tive medo de uma caixa grande e fria com verdadeiro aspecto de telefone, hoje sinto pavor das pessoas que passam por mim na rua com uma mola presa à orelha a falarem para o nada e a gesticularem como se fossem extraterrestres loucos vestidos de terno e gravata.
Não fosse eu uma estudante de comunicação e uma crítica veemente da época onde resolveram fazer-me nascer, fica mais um desalentado e pobre comentário. Gostava tanto de viver na era dos pombos-correio...
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quarta-feira, junho 15, 2005

Por arrasto 

O escalão etário que abarca os 18-25 (sensivelmente) sabe ao que me refiro quando falo em meses como o de Janeiro e o de Junho. Junho, principalmente. Ou nos controlamos sobre os instintos de quem vive a poucos quilómetros de uma costa linda (embora banhada de comunistas), ou tornamos vão este tempo de trabalho.

Nasci e rapidamente me foi incutida esta evolução. Estudar, trabalhar, criar família. E assim fui levando a minha vida. Acho que nunca parei muitas vezes para me perguntar se deveria mesmo seguir este ritmo, e agora que penso nisso vejo que o problema reside exactamente aí: tudo é automático, agora.

Senão vejamos, mesmo em escala reduzida. Fecho-me em casa, porque o calendário que um edifício aqui perto estipulou diz-me que amanhã a dadas horas, que vejo num relógio que depende de pilhas, terei de escrever numa folha de avaliação. Para isso, então, leio livros, comprados com cartão de crédito, ou com notas, ou em fotocópias que uma máquina não sei por quem inventada permitiu produzir. Resumo o que consigo (e isso depende dos meus neurónios que, tanto quanto sei, ainda são orgânicos) e dactilografo nestas teclas onde curiosamente escrevo no presente momento. Um ecrã ligado à electricidade mostra-me o que escrevi, eu pinto setas e títulos e eu sublinho com um "clic" que até há uns anos só poderia fazer com o auxílio de uma caneta e de uma régua. Resumo terminado, faço "clic" novamente e o que escrevi sai impresso nas folhas que coloquei dentro de outra máquina.

Antes de reler os tais resumos, a fome aperta no meu estômago. Claro, estranho seria eu não mencionar a minha gula. A partir daí o automatismo revela-se novamente omnipresente. Eu ligo a ventoinha (sim, porque estamos em Junho... lembrei-me agora), eu abro o frigorífico, eu utilizo pacotes produzidos em fábricas, eu ligo a torradeira, eu abro a torneira enquanto sei que dela vai cair água, eu ligo a televisão para me desconcentrar, eu dou uso ao neologismo "zapping".

E, entretanto, vou estudando. Tanto quanto os meus poucos neurónios orgânicos ainda o permitem. Eu estudo aquilo que muitos indivíduos de sexualidade indefinida decidiram publicar em livros, os tais que são feitos nas fábricas e impressos graças à electricidade. Eu tento perceber o que eles querem dizer com "querela de método", com "ut pictura poiesis", com "estruturalismo", com "deícticos"... porque talvez um dia isso me sirva para impressionar aquele ou aquela, provavelmente também de sexualidade indefinida, que me fará entrevistas quando eu quiser candidatar-me a um emprego.

"Emprego", ora nem mais. Eu faço tudo isto para ser "empregada", que é como quem diz ser atirada para algum lado. Desconheço a etimologia do vocábulo, até porque a chamada ortografia automática desta ecrã que mencionei obriga-me ao sedentarismo, a evitar tudo aquilo por que os monges copistas de há uns vagos anos atrás interessar-se-iam. Talvez "emprego" tenha qualquer coisa a ver com o acto de pregar, que equivale a fixar, a prender, talvez até a colar o meu lábio de cima ao meu lábio de baixo para que eu não tenha voto na matéria. Sabem, é que nisto dos empregos há hierarquias, e por muito que eu estude vai ser difícil poder dizer "cale-se". Terei de começar a usar cremes anti-rugas para perceber que eventualmente estou a chegar à altura de poder mandar no que quer que seja.

Se não conseguir dizer "cale-se" no emprego, talvez possa pelo menos dizê-lo aos meus filhos. E por isso vou tratando disso já. É a parte de que falei sobre "criar uma família". Alimento esta etapa de vida que me impuseram quando me farto do ritmo de estudo e resolvo destrancar-me de casa. Então saio, sorrio um pouco feita parvinha com aquela pessoa a que alguém resolveu chamar "meu namorado", digo umas coisas como "gosto muito de ti" (sim, porque nas tais de hierarquias profissionais não se diz disto) e volto para o ritmo de estudo, até porque o relógio a pilhas diz-me que é tarde - e di-lo melhor do que a luz do dia que se faz sentir sobre mim. Nestas alturas desculpo-me, porque afinal é Junho, e com uma noite tão tardia nunca pensei que fosse tão tarde.

Suspiro. Que raio de vida vou levando. Bom, mas isto é o dito "imposto" - do verbo "impôr", e não dos "impostos" que a televisão ligada à electricidade me diz todos os dias que vão subir, sem que eu saiba exactamente o que é ainda porque não tenho emprego, sou uma criança. Estava eu a dizer que isto diz respeito ao que me impõem que eu faça. Posso sempre variar. Mas se variar, restam-me futuros menos brilhantes: posso ser marginal ou toxicodependente. Ou vender colares de missangas na rua.

Pensando bem até é uma boa hipótese. Não tenho de me chatear com as palavras que os paneleiros inventam, não tenho de fazer-me de inteligente para os meus patrões, não tenho de passar horas em frente a um ecrã que não fala - e que falha quando menos deve!!!!! - , não tenho de apanhar diarreias porque o frigorífico não cuidou bem da minha gula, nem tão pouco terei de ligar a ventoinha porque na praia onde eu vender missangas poderei refrescar-me no mar (que ainda é orgânico).

Vendo, no entanto, bem as coisas... se perdesse tudo isto também perderia a oportunidade de "criar família". E dizem que isso é bom. Portanto é melhor não decidir fazer nada de muito radical. Embora conheça quem faça e não se arrependa.

Não fosse eu uma diletante, talvez seja preferível deixar-me arrastar pelo caminho automático. E vamos ver onde vou dar. |

quinta-feira, maio 05, 2005

Esta coisa da Primavera 

Hoje o sol está radiante. Anunciam céu limpo, vento fraco e subida das temperaturas. Adoro esta informação, embora saiba que ela traz malefícios noutros campos.

De qualquer modo julgo que estava a precisar de um ar assim.

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Querias enroscar-te nos lençóis, pois o frio penetrava-te até aos ossos, até à alma, até à questão do viver. Lembravas-te de como era bom sentir aquele par que te tranquilizava, e que agora te abandonara sem piedade nem respeito. Chamavas-lhe imaturidade. Então sofrias e escondias as lágrimas congeladas dentro das roupas frias. Não sorrias. E no fundo sabias a injustiça que trazias quando os tesouros (ainda mais) valiosos em teu redor simplesmente não vias.

Aos poucos soltaste essa mágoa, que se tornara raiva e em seguida apenas piedade. Finalmente ouviste os outros. É tão tipicamente teu ouvir o que eles dizem de errado e ignorar o que eles dizem de correcto. Mas agora aprendeste. Não podes subestimar-te assim, afinal de contas não és a culpada de nada. Não és culpada por ele te largar, não és culpada por ela te desiludir mais do que ninguém, não és culpada por eles quererem ajudar-te e não conseguirem... porque simplesmente és assim, e afinal é assim que todos gostam de ti. Sei que te custa ver essa imagem no espelho, mas tens de acreditar nela.

Agora é o sol que te penetra a alma. Mas já não penetra os ossos, pois esses estão firmes no chão e não consegues libertá-los de lá. Ouviste e viste esse Mundo em teu redor o suficiente para saberes hoje que não te podes elevar assim. Voavas, sorrias, encatavas-te com as histórias que por aí se ouviam e que identificavas à tua. Agora até essa gente bruta, mesquinha e egoísta te quer fazer lembrar que o Amor não existe, que é bonito demais para se acreditar nele...

Porém, já não te importas. Todo o frio das estalactites e todo o calor dos raios solares fundou-se dentro da tua alma, e sentes-te orgulhosa por conseguires gerir isso. Acreditas em viver, e assim sabes que na vida é preciso confiar. Não é porque te valorizas hoje a ti mesma primeiro do que aos outros, que vais apenas confiar em ti. A vida é a entrega, é a partilha, é a confiança.

Não oiças o que esses outros dizem, porque eles só sabem de calor, e não sabem as feridas que uma queimadura de gelo pode causar. É egoísmo da parte deles; não querem aceitar que finalmente tenhas conseguido levantar-te. Já não és nenhuma fraca.

Boa sorte para ti. |

terça-feira, abril 26, 2005

Sem inspiração 

Falta-me o ar. E a justiça para dizer tal coisa.

Tenho aberto esta página muitas vezes, e sempre tenho desistido. Desculpo-me com a falta de tempo, tendo no entanto muito tempo quando comparo o meu estilo de vida ao de muita gente desse mundo. Não gosto de me esconder nesta organização exacerbada, nesta forma de levar a vida que me priva de tanto e de tantos, quando julguei até já me ter livrado dela. Queria conseguir escrever sempre que uma ideia me passa pela cabeça, mas na maioria das vezes não escrevo. Porque não consigo. Ou não posso. Li ontem que a blogosfera contrapõe veementemente o privado e o público, e talvez seja isso que me assusta. Custa-me sucumbir a este meu próprio desejo, este desejo de mostrar aos outros como sou, como me sinto, não sei bem porquê. E, todavia, não o faço... porque não consigo. Chama-se incapacidade, incompetência, falta de vocação.

Olho à minha volta neste dia onde o céu azul chega aos meus olhos como cinzento, e lembro-me que não sei valorizar as coisas. Queria não ser caprichosa e conseguir observar tudo; com um olhar prático, e não somente apreciador. Queria entender o que escrevo, aquilo em que penso, a razão pela qual escolhi o que hoje estudo - queria conseguir defender o estudo da Comunicação, esse fenómeno omnipresente e ao qual ninguém dá o devido valor. Queria dar o meu contributo, para que mo reconhecessem e assim finalmente eu conseguisse gostar mais de mim.

E porque ainda não alcancei essa competência para amadurecer o meu olhar e a minha escrita, para mostrá-la a este Mundo que se filtra num ecrã, subestimo-me novamente, e deixo para a próxima. Talvez um dia eu goste realmente do que escrevo...

Por agora desisto |

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