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um blog de desabafos, alegrias e tristezas, revoltas e euforias, o meu espelho, com uma (agora) pitada de diletantismo.

quinta-feira, agosto 26, 2004

:( 

Porque é que se sofre por amor?
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segunda-feira, agosto 23, 2004

"criticada" 

Aquele foi um dia não. Talvez esteja em consecutivos dias-não, mas consecutivamente atenuados. Naturalmente sei que os dias-não sempre terminam, caso contrário desceríamos imparavelmente até ao esgotamento. Não de todo. Acredito que as coisas melhoram sempre... a vida pode mudar por completo, mas existe sempre um dia-sim e é nesse dia que deposito a esperança.
Tona, esse teu comentário ajudou para o pensamento positivo que pelo menos hoje tentei ingerir.
Afinal a vida são dois dias... quem sabe eu não poderia estar em Najaf, ou ter estado no Airbus da TAP na ilha Terceira, ou em qualquer sítio do Mundo que me fizesse valorizar mais cada pequeno momento? Já tive o meu susto, mas às vezes este corpo e esta alma fogem estupidamente à lógica da vida e teimam em ser caprichosos.
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domingo, agosto 22, 2004

tUrbilhão... 

Começo a perceber que ando há meses a fingir que estou bem... Bastou um dia, um olhar pela paisagem ardida da A8 para acordar para a realidade. Tenho sido ridícula, falsa... Sinto-me envergonhada. Coisa que nao sei porque partilho.
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sexta-feira, agosto 13, 2004

Bom dia, obrigada, bom dia, obrigada 

Estação de comboios, Queluz-Massamá. Sete horas da manhã. Quatro promotoras, das quais a je foi coordenadora, distribuíram panfletos de uma campanha publicitária a um novo Crédito Consolidado. Junte todos os seus créditos num só e pague menos por mês.

Gente que entra e sai numa correria frenética, apesar de essa não ser a imagem de Agosto. Gente negra, gente de leste, gente com sono, gente gorda, gente feia. Pouca gente com ar feliz ou com as cores das roupas combinadas, pouca gente bem-disposta, muita gente mal-encarada. É certo que a farda consistia de uma t-shirt cinzenta e de um boné azul-escuro, o que nos conferia um ar autêntico de mendigas, mas bolas, eu não trato daquela maneira os vendedores da revista Cais.

Gente que empurra sem olhar. E quando olham para uma de nós, que forçámos sempre um sorriso imposto, resmungam "já tenho". "Não, minha senhora, mas este é diferente". Um papel branco, outro vermelho, outro azul, mas não, "Não vê que já tenho?". Sorri, Débora. Calma, Débora.

Mas tinha sono. Das sete às dez da manhã naquele movimento e sorriso estandartizados, com os braços arrepiados do frio e as pessoas sem se aperceberem que estavamos ali para trabalhar, para ganhar uns trocos. "Não dá prémio? Então não quero", diziam, ou outras gordas que se aproximavam a mascar de boca aberta e gritavam "Ké isso?". Sorri, Débora. "Publicidade a um novo Crédito, uma nova forma de poupar". "Já tenho". "Obrigada". Não te enerves, Débora.

E claro, há sempre aqueles que simplesmente ignoram. Estou a 20 cm da pessoa que passa, com um papel estendido e um sorriso na cara, mas o braço dela empurra o papel como se não o visse. Não há tempo para reagir, estica o braço a outra pessoa, Débora. Afinal elas vêm aos montes. "Atenção, senhores passageiros, o comboio suburbano com destino a Roma-Areeiro vai entrar na linha número 3". Tudo a postos, muita gente quer apanhar aquele. Não dá...é correria a mais, ninguém quer saber do novo crédito consolidado.

Tiro a t-shirt, o boné e apanho o comboio para casa. Parece que as pessoas agora já reparam em mim. Só que agora já não interessa, já tenho sono a mais e não sobraram panfletos. Chego a casa, atiro-me à cama, durmo até às quatro da tarde. Aí, novo comboio, nova carga pesadíssima, de regresso a Queluz-Massamá. Pois, não era Queluz-Belas como um homem quis que eu acreditasse. Por pouco não me atrasava ainda mais. Estúpido. Sim, também aprendi a ficar mal-disposta.

Põe o boné, veste a t-shirt, esboça o sorriso e estende o folheto. "Obrigada", digo. É muito graticante ver quando as pessoas reparam em nós e são educadas. Uma senhora até disse "Bom dia para vocês". Outro senhor fez o favor de pedir um montinho de panfletos e levou-os todos- mais tarde vi-os no lixo. Ainda assisti a um outro senhor que leu o panfleto todo à minha frente e disse alegremente "é engraçado!".

Das sete às dez. Das cinco às oito. Novamente das sete às dez e das cinco às oito. Foi o suficiente para perceber os ares de Queluz-Massamá, para ficar satisfeita com umas coisas e triste com outras, para aprender a nunca mais recusar quando me oferecerem panfletos porque sei o quão querem despachá-los e... para ganhar uns trocos... para ver se volto ao Klube... para ver se escrevo uma II Parte do texto sobre Vilamoura que está por vir... para ficar ainda mais desesperada.

A Coordenadora
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domingo, agosto 08, 2004

Nostalgia deprimente 

Minha gente,

Agora que dormi as minhas 15 horas (embora julgue ter mais umas quantas por dormir) estou mais lúcida para relembrar a semana que acabou de terminar e, consequentemente, de ficar muito, muito triste por ter chegado ao fim.

Posto isto, e apesar de ter uma enorme vontade de vos escrever já sobre o que aconteceu nos últmos dias, peço desculpa desde já se me atrasar um pouco. Tarefas práticas aliadas à necessidade de me recompor numa concentração imparcial sobre tudo isto, dificultam a escrita que espero que muitos queriam ler.

Obrigada,
Débora (com tantas novas alcunhas...)
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