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um blog de desabafos, alegrias e tristezas, revoltas e euforias, o meu espelho, com uma (agora) pitada de diletantismo.

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Dia de São Valente 

"Ah, valente!...", costuma dizer o meu Pai em jeito de felicitação.

Pois é, valentes são os que arriscam em namorar. O meu Pai tem outros critérios para felicitar alguém (e faz muito bem), em todo o caso eu acho natural felicitar os valentes que namoram.

Adoro apaixonar-me. Adoro a fase do frio na barriga, sim, do nervoso quando o telemóvel anuncia nova SMS. Adoro estar com ele quando está tudo na fase da incerteza, adoro sentir que alguém pensa em mim com frequência.

Também adoro, claro, quando sinto aquela estabilidade para dizer que TENHO namorado... o MEU namorado. Adoro agarrar-me a ele no cinema, adoro olhar para ele, adoro telefonar-lhe, adoro escrever-lhe cartas, adoro sonhar com ele.

Só não adoro chorar no fim, qual conto-de-fadas que não existe nunca e traz sempre um pretexto para que me digam "já não quero mais". Não gosto disso, de todo. Não gosto de chorar na almofada, não gosto de acordar e lembrar-me que é real, estou sozinha, não quero levantar-me para um novo dia. Não gosto de insistir para não obter uma resposta carinhosa, ou pelo menos digna do esforço que sempre faço. Mas sobretudo detesto sentir-me assim, caprichosa, fraca, cega perante os problemas reais da vida que são TÃO mais do que um namoro que chega ao fim.

De qualquer modo... sim, sinto pena, uma tristeza miudinha e muita nostalgia. Lamento imenso nunca ter conseguido manter os meus amores, as minhas paixões, os meus caprichos... aquilo que não sei ao certo o que é, porque embora forte, sempre me abandona.

Posto isto, parabéns àqueles que o conseguem... e são felizes! E para aqueles que dizem que este é um dia como qualquer outro, eu subscrevo, mas adianto que não deixa de ser sugestivo a estas reflexões!... Quanto mais não seja porque este blog prima muito pelo espírito depressivo...

E então eu por cá fico, namorando o aconchego da minha almofada, namorando o meu coelhinho e a minha caturra (não há nada mais meigo que eles), namorando os meus pensamentos...

Namorando-me. Às vezes é disso que preciso. |
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