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um blog de desabafos, alegrias e tristezas, revoltas e euforias, o meu espelho, com uma (agora) pitada de diletantismo.

quinta-feira, novembro 04, 2004

The America... the World 

Creio que no meio de comentadores, editoriais, discursos ou meros fóruns em que se discutem opiniões, não me leva a lado nenhum nem interessa de resto a muita gente que eu diga alguma coisa sobre este assunto.

Sobretudo quando já está tudo decidido.

Então, para não me inserir na crítica de José Pacheco Pereira quando afirma, hoje no PÚBLICO, "sempre achei estranho que os editoriais dos jornais se transformem em textos de conselhos e de desejos políticos", e como acredito (ou quero acreditar) que ninguém, quer seja o Presidente dos Estados Unidos ou o génio Osama Bin Laden, consiga orientar um Mundo inteiro sozinho, e tão-pouco que outras pessoas os orientem, fico-me pelas observações.

Num país grandioso, a qualquer nível, como os EUA, onde o estrelato artístico é uma metonímia da forma como o mundo olha para ele, é curioso como o voto de três milhões de miúdas loiras estilo Britney Spears, que não sabem nada da História que vá além do tempo em que começaram a colonizar a América, tenham decidido o futuro do nosso Mundo.

Gosto de (ou melhor, teimo em) ser assim, exagerada, pragmática, radical, ingénua, o que me queiram chamar. Não vou deixar de achar que o dia de ontem foi o (novo) ponto de partida para que um dia destes eu ligue a televisão e volte a ver que mais alguém se fez explodir num autocarro, que mais dois monstros decapitaram meia dúzia de reféns inocentes ou, quiçá, que o Empire State Building se desfaça em bocados.

Contudo, simultânea e paradoxalmente também não vou deixar de achar que não é uma pessoa que vai prever o futuro, que vai criar os acontecimentos cujas imagens vão aparecer na televisão que vejo à hora de jantar com a minha Família. Até porque essa única pessoa é humana e comete erros, tal como nós cometemos sem admitirmos que eles também prejudicam o nosso mundo e afectam o seu futuro. Se o homem é egoísta, caprichoso ou simplesmede idiota, essa é uma questão que faz eco mas que já não ecoa resposta. Afinal, "como é possível que, após meses e meses de ataques cerrados e de índices de popularidade abaixo dos 50 %, George W. Bush tenha ganho a eleição com mais votos que há quatro anos - aliás, com mais votos que qualquer outro candidato na história da América?" Talvez a resposta seja simples: o caos instalado é de tal ordem que já só queremos depositar a confiança em quem se mostra confortável no meio, em quem sorri enquanto discursa sobre o Terrorismo.

E porque este tema me sufoca e não me deixa ter uma opinião própria, vou render-me à concordância com um tal vendedor de Pequim, suspirando: O mundo já é uma confusão, para quê começar mais guerras?

[PS- Para que fique registado aos que se interessem, escrevi este pequeno texto, na íntegra, hoje de manhã, quando ainda não tinha dado conta de um dos comentários ao último post. Já a revisão fi-la depois de ler o tal comentário, mas nada foi removido senão falhas gráficas]
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