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um blog de desabafos, alegrias e tristezas, revoltas e euforias, o meu espelho, com uma (agora) pitada de diletantismo.
quinta-feira, outubro 21, 2004
Hoje
Hoje saí de casa e as nuvens mantinham-se, hoje voltei a cruzar-me com pessoas que não conheço, hoje não me apeteceu espreitar o quiosque e ver os títulos dos jornais, hoje fiz um caminho apático para a Faculdade, hoje entrei nela como entro todos os dias.
Hoje não dei pelo tempo da aula passar, porque hoje tive aula com o José Rodrigues dos Santos e hoje continuei a não compreender porque o acham arrogante. Hoje tive vontade de escrever sobre coisas que ele disse mas o fim do dia de hoje não me inspirou.
Hoje tive calma nos meus afazeres, hoje almocei tranquilamente, e hoje (para que fique registado) estudei. Hoje, pela primeira vez, fiz uma aula no meu ginásio e hoje certifiquei-me da fraca aptência que tive para aquilo. Pelo menos, hoje ri-me.
E hoje voltei a fazer o caminho de regresso a casa, um hoje diferente dos outros porque variei no trajecto (...), mas um hoje igual aos outros porque hoje revi o senhor a vender línguas da sogra no semáforo, hoje revi a azáfama das pessoas que nunca conheço, hoje revi o céu negro sobre mim e hoje senti, como sempre, a poluição a fazer-me tossir.
Ainda assim, hoje, como sempre, senti gosto de viver aqui. Porque hoje vivo aqui com as pessoas que mais me importam e porque hoje certifico-me disso mais do que ontem e menos do que amanhã.
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Hoje não dei pelo tempo da aula passar, porque hoje tive aula com o José Rodrigues dos Santos e hoje continuei a não compreender porque o acham arrogante. Hoje tive vontade de escrever sobre coisas que ele disse mas o fim do dia de hoje não me inspirou.
Hoje tive calma nos meus afazeres, hoje almocei tranquilamente, e hoje (para que fique registado) estudei. Hoje, pela primeira vez, fiz uma aula no meu ginásio e hoje certifiquei-me da fraca aptência que tive para aquilo. Pelo menos, hoje ri-me.
E hoje voltei a fazer o caminho de regresso a casa, um hoje diferente dos outros porque variei no trajecto (...), mas um hoje igual aos outros porque hoje revi o senhor a vender línguas da sogra no semáforo, hoje revi a azáfama das pessoas que nunca conheço, hoje revi o céu negro sobre mim e hoje senti, como sempre, a poluição a fazer-me tossir.
Ainda assim, hoje, como sempre, senti gosto de viver aqui. Porque hoje vivo aqui com as pessoas que mais me importam e porque hoje certifico-me disso mais do que ontem e menos do que amanhã.
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